A cada dia que passa somos confrontados com esta nova realidade que assolou o ano de 2020. Se tínhamos esperanças ou planos de viagens neste primeiro semestre, nossas ideias foram por água abaixo; negócios em busca de recuperação econômica, após meia década em crise, também deram indicativos de que atravessarão turbulências; todo o planejamento jogado fora. Nossas atenções que eram voltadas para tantos temas, agora parecem estar encapsuladas por uma pequena e assustadora sigla: COVID-19.
Esta não é a primeira pandemia registrada pela História: o que acontece é que a última – a chamada “gripe espanhola”, surgiu há 103 anos. Nossa geração não lidou com situações caóticas depois das duas grandes guerras, que já também se perdem no espaço de 70 anos. Portanto é algo compreensível as reações por vezes extremas das pessoas diante de um inimigo invisível e que, por enquanto, não temos armas corretas para combatê-lo. Os meios virtuais (nada disso havia em meio à pandemia de 1917), ao mesmo tempo que nos dão dimensões globais do problema, também permitem uma “comunhão virtual” que deveria servir para amenizar os medos e ansiedades. Mas parece não estar conseguindo fazê-lo a contento.
19 abril, 2020